A típica dieta ocidental rica em gordura pode aumentar o risco de dor crônica em pessoas com doenças como diabetes ou obesidade,  aponta um artigo de autoria de uma equipe liderada pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas em San Antonio, publicado na revista Nature Metabolism.

Mudanças na dieta também podem reduzir significativamente ou até reverter a dor de condições que cursam com dor inflamatória – como artrite, trauma ou cirurgia – ou dor neuropática, como diabetes.

A descoberta pode ajudar a tratar pacientes com dor crônica simplesmente alterando a dieta ou desenvolvendo drogas que bloqueiam a liberação de certos ácidos graxos no corpo.

“A dor crônica é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Mas, embora a redução de gordura seja frequentemente recomendada para controlar o diabetes, distúrbios autoimunes e doenças cardiovasculares, o papel dos lipídios dietéticos, ou ácidos graxos, nas condições de dor era relativamente desconhecido”, afirma o neurocirurgião Pedro Henrique Cunha.

No artigo, os pesquisadores  usaram vários métodos em camundongos e humanos para estudar o papel dos ácidos graxos poliinsaturados nas condições de dor. Eles descobriram que dietas ocidentais típicas ricas em gorduras poliinsaturadas, ômega-6, serviram como um fator de risco significativo para dores inflamatórias e neuropáticas.

As gorduras ômega-6, encontradas principalmente em alimentos com óleos vegetais, têm seus benefícios. Mas as dietas ocidentais associadas à obesidade são caracterizadas por níveis muito mais altos desses ácidos em alimentos, de salgadinhos de milho a rodelas de cebola.

Geralmente, os alimentos não saudáveis ricos em gorduras ômega-6 incluem lanches processados, fast foods, bolos e carnes gordurosas e curadas, entre outros.

A reversão dessa dieta, especialmente diminuindo o ômega-6 e aumentando os lipídios ômega-3 (encontrados em peixes e fontes como linhaça e nozes), reduziu bastante essas condições de dor, descobriram os pesquisadores.

Além disso, os autores demonstraram que os níveis cutâneos de lipídios ômega-6 em pacientes com dor neuropática diabética tipo 2 foram fortemente associados aos níveis de dor relatados e à necessidade de tomar analgésicos.

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Dr. Pedro Henrique Cunha
CRM-SP 212368
RQE Neurocirurgia 92126
RQE Dor 921261

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